sábado, 4 de agosto de 2012
Entrevista concedida a revista sobre os dez erros mais comuns na educação dos filhos 2012 para a revista Malu
Dez dicas sobre os erros mais comuns na educação dos filhos:
1-
Falha na comunicação
O grande desafio das relações humanas é a comunicação. Não
falamos algo, mas esperamos que o outro deduza o que queremos. Antes de sair
com a criança, estabeleça de maneira clara os combinados necessários. Por
exemplo : Se não quer que ela suba na cama da tia, mesmo que isso pareça óbvio,
combine com ela antes de sair de casa. Se não pretende comprar mimos
desnecessários naquele dia, esclareça isso antes, informando que vocês sairão,
mas que não poderão comprar nada naquele momento... Essas pequenas atitudes
facilitam para que a criança não fique ansiosa, não crie falsas expectativas ou
mesmo que saiba de forma clara o que o adulto espera dela, facilitando a
correção se necessário.
2-
Falar e não cumprir
ou prometer aquilo que visivelmente é impossível de ser cumprido
Da mesma forma que os combinados ocorrem, é fundamental que
esses sejam cumpridos. Combinar e não cumprir é mais prejudicial do que não
combinar nada! A criança precisa sentir segurança no adulto que a educa e fica
difícil sentir-se seguro ao lado de alguém que nunca faz o que diz! Com esse
cuidado ,é importante também avaliar o tipo de correção aos atos do pequeno,
não ameaçando-os com situações obviamente impossíveis de serem mantidas. Por exemplo:...” se você continuar
assim, vai ficar um mês sem ver TV!..”( Será que dá para manter a criança um
mês sem ver TV¿ Todos da casa estão dispostos a não verem a TV para que esse
fato se cumpra ou sempre que alguém estiver vendo TV ,a criança ficará no
quarto por um mês¿). Com esses questionamentos já dá para perceber que isso
teria que ser revisto. Que tal estabelecer um dia sem TV e realmente fazer
valer¿
3-
Cobrar sem oferecer
Cobrar os filhos é necessário, mas oferecer é fundamental.
Quer que seus filhos tenham tempo para os estudos¿ Estabeleça também na sua
rotina, um momento para ajuda-los. Cobre o sucesso na escola, mas ofereça apoio
. Cobre que eles falem a verdade, mas ofereçam condições para que essa verdade
seja dita . Muitos pais têm atitudes contraditórias, cobrando dos filhos um
diálogo, porem não oferecendo um ambiente adequado para tal. Ninguém conta a
verdade para quem só sabe fazer críticas negativas.
4-
Trabalhar com o
problema e não com a prevenção
Estamos habituados a uma prática de apagar incêndio ao invés
de preveni-lo. A criança que começa a apresentar mudanças em seu comportamento,
está de alguma maneira procurando formas de avisar que algo não está bem.
Procure ficar atento à mudanças e investigue os acontecimentos antes que eles
se agravem. Geralmente os psicólogos são procurados quando a situação já está
gritante.
5-
Se há fumaça, há
fogo
Se as reclamações escolares têm crescido, colegas tem
reclamado do comportamento de seu filho, antes de defendê-lo, observe! Há pais
que tem um instinto de proteção tão grande que acabam impossibilitados de verem
os filhos como eles verdadeiramente são. Fica difícil corrigir o que não está
indo bem ,se não for possível enxergar onde a mudança é necessária.
6-
Escola é parceira e
não inimiga!
Pais e escola devem trabalhar em parceria para que haja o
sucesso da criança. É importante que ambas percebam que são companheiras e não
rivais. É fundamental que a escola esteja aberta para ouvir as famílias, suas
expectativas... e por outro lado, a família precisa fazer uso positivo das
observações feitas pela escola, pois dois ângulos do olhar, favorecem as
percepções e futuras intervenções. Mudar de escola nem sempre resolve o
problema...às vezes, só o muda de endereço.
7-
Medo de corrigir
Não tenha medo de dizer NÃO ao seu filho. Ele não deixará de
amá-lo por isso.
8-
Culpa
Essa palavra é a causa de muitos problemas na educação dos
pequeninos. Culpa e limites não combinam. Não se preocupe somente com o tempo
de convívio familiar. Preocupe-se também com a qualidade dele! Se você só passa
duas horas por dia com seu filho e usar essas duas horas se desculpando
(através de presentes, compensações ou permissões descabidas),seu filho
realmente ficará carente ,pois ele estará sem referência de certo e errado.
Agora, se você utilizar essas mesmas duas horas, passando valores afetivos,
falando sobre o que é certo e errado, cobrando-lhe as tarefas de escola,
elogiando ou corrigindo, de acordo com o contexto, ele sentirá que tem pais
verdadeiramente presentes em sua vida.
9-
Objetividade
Seja objetivo ao falar com a criança, sem voltas
desnecessárias ou palavras que levem a lugar nenhum. Se você espera que a
criança desça da cadeira, diga apenas: Desça da cadeira! Use a voz em tom
baixo, porém firme. Há pais que para darem essa ordem falariam:” Você
é bagunceiro! Vai cair daí...desse jeito não há que aguente...Ou seja, há
pais que falam, falam e não dizem nada! O óbvio para o adulto, não é óbvio para
a criança! Economize palavras e use-as de forma sábia. A bíblia diz que a
palavra que não edifica, não deve ser lançada e isso é a mais pura verdade!
10-
Ser careta é
fundamental
Tudo se moderniza a cada dia, mas valores não podem ficar no
passado. Pedir aos pais permissão para sair, falar com licença, obrigado, por
favor, cumprimentar os parentes e amigos, olhar nos olhos ao falar, sentar-se à
mesa nas refeições...tudo isso deve ser ensinado e cobrado pelos pais enquanto
os filhos são pequenos. Não pense que valores não passados na infância poderão
ser cobrados dos filhos adultos. A idade não transforma as pessoas, ela
geralmente intensifica os comportamentos aprendidos. Não espere que crianças
que não respeitam os pais ,passem a respeitá-los depois de crescidas!
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